quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Prá que preocupar-se?



Levantei cedo.
A rotina me consumia.
Subi à lavanderia e lá eu tenho umas plantas,
na floreira onde está plantada uma touceira de cacto,
eu tive a mais linda visão do amor de Deus. Há muito plantei ali uma mudinha de lírio,
quando o cacto também era apenas uma mudinha.
Eu nem me lembrava mais que tinha lírio plantado ali, junto com o cacto.
Minha surpresa ao verificar que o lírio estava intacto,
lindo, amarelo, sorridente e parecia querer me dizer:
“Está vendo? Eu sobrevivi, apesar dos espinhos”.
E Deus, com seu amor eterno, respondeu-me as dúvidas naquele momento, dizendo-me:
- “Está vendo, minha filha? Estes lírios nascem hoje e morrem amanhã. Olha como os protejo.
Perceba como cuido deles, tão bem apesar da brevidade de sua existência.
Apesar deles não fazerem nada por si.
Olha a roupagem deles, como é linda, nem o rei mais rico e sábio do mundo,
se vestiu como um lírio.
Está vendo? Pense: Será que não sou capaz de cuidar de você?
Será que você, por quem dei meu Filho, não tem para mim mais valor do que estes lírios?
Será que não posso orientar seus passos?
Será que neste mundo vai faltar alguma coisa pra tua sobrevivência?”
Não posso negar que naquele momento senti-me como se não
tivesse nenhum problema. Nenhuma frustração, nenhum cansaço.
Confesso que senti vergonha por tantas preocupaçoes, e deixei-me embalar como uma criança sem problemas...

Céu e terra naquela hora eram para mim a mesma coisa.
Senti-me embalada, abraçada, refugiada, abrigada e amparada.
Não temi nada naquele momento, pois experimentei de perto
o carinho daquele que realmente provou seu amor por nós.



Se Deus veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada fora, que dirá a vós, homens de pouca fé...

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