sábado, 22 de agosto de 2009

Nossos olhos, continuarão sem ver e sem perceber?


Hoje ao sair pela manhã para ir ao curso, pela mesma rua que passamos todos os dias a quase vinte anos, por onde passo para ir e vir do trabalho há quase sete anos, meu marido percebeu que entre a árvores existem araucárias. Até então, eu só havia visto estas árvores em Araucária, cidade do Paraná.
Ele disse: “Só agora que elas estão acabando é que fui perceber que tem delas aqui”...
Respondi que é assim mesmo, só percebemos o que temos quando já não temos mais.
Em mim, iniciou-se uma inquietação e aqui estou a escrever, pensando exatamente nisto. Como negligenciamos as coisas, as horas, as pessoas...
Perdemos o melhor da vida por não darmos o mínimo de atenção para àquilo que temos.
Há um velho e sábio ditado que diz: “Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca”
Vejo nisto uma grande verdade pois, a vida vai passando e acreditamos que temos todo o tempo disponível e que ele corre a nosso favor.
Vivemos dissolutamente sem dar a mínima importância às coisas mais importantes de nossas vidas
Observar uma árvore...é o mínimo...afinal o que é uma árvore diante das pessoas?
Sempre que me deparo com estas questões fico pensativa, pois percebo que não mudei.
Sou impactada a mudar, e prometo a mim mesma ser mais atenta, e só percebo que falta muito quando deparo com situação semelhante. Bem como nossos ouvidos só ouvem o que estão acostumados, nosso olhos só vêem o que estão habituados.
É preciso adquirir olhar de estrangeiro, de turista, mesmo nos lugares mais comuns pra nós. Assim perceberemos quanta coisa boa há ao nosso redor, em nosso bairro em nossa cidade e até mesmo dentro de nós.